A facilidade com que conseguimos nos conectar atualmente por meio das redes sociais, criou uma cultura de ganhar likes, engajamento, seguidores, RT´s. Junto disso, tornou-se perceptível que são locais nos quais todo mundo quer sempre falar mas não quer, de fato, ouvir o que o outro tem a dizer. E aí nos encontramos nesse emaranhado de verdades absolutas e lacração que, muitas vezes, não condizem nem com o que tal indivíduo faz no dia-a-dia.
Ninguém é igual a ninguém. Cada um tem uma trajetória, uma criação, dores, fragilidades, inseguranças. Essas características refletem nossas atitudes cotidianas, nossas falas, forma de se vestir, conceitos sobre a vida e o julgamento sobre os acontecimentos diários. Então, se levarmos isso em consideração, quer dizer que a colocação de uma pessoa que difere da outra está errada? Absolutamente não.
Por isso a importância de ouvir. É uma garantia que ambas as partes concordem? Também não. E nem precisa. Mas crescemos quando nos colocamos no lugar do outro e damos a chance de entender o que ele quer dizer. Nesse processo também podemos nos desconstruir, aprender e até chegar à conclusão que o indivíduo em questão definitivamente não é compatível conosco. Por meio de respeito, isso também é totalmente válido.
Além disso, vale destacar que todos nós somos seres imperfeitos. Vamos errar, vamos evoluir, amadurecer. E depois vamos errar de novo, levantar de novo e por aí vai. Então, como considerar a cultura do cancelamento como válida? Em suma: de que forma uma pessoa que também erra pode se achar no direito de corrigir ou castigar outra que errou? Loucura, né? Mas é isso que acontece hoje.
Ninguém, de fato, escuta ninguém, conclui o que quer, condena e cancela. Enquanto isso, a humanidade grita por união, empatia e consciência de que todos merecemos respeito e uma chance de corrigir seus erros.
Então, a dica: ter empatia por alguém que pensa igual a você é fácil, que tal também praticá-la com quem é diferente?
Conteúdo muito bem colocado, a humanidade precisa de mais empatia.
Gostei. Realmente hoje vivemos uma época de poucos ouvintes e poucos reflexivos. Falam para não ser diferentes do grupo a quem pertence. Muito triste é saber que o futuro estará nas mãos destes . A tecnologia tomou lugar da família, da roda de amigos , da conversa “ ao pé do fogão “ como diziam os antigos. Meditar no que escutam , nem pensar! Passam para frente, porque importante é não ser diferente, é ter o mesmo pensamento do rebanho.