O mundo pressiona demais o ser humano nos dias de hoje. Precisamos dar conta de prazos cada vez mais curtos, múltiplas plataformas de comunicação e uma rotina extremamente dinâmica. Isso faz com que muitas pessoas se cobrem mais, fiquem mais ansiosas e, consequentemente, comecem a se comunicar de forma mais agressiva. E é aí que tudo desanda.
Fora que sempre aprendemos que vulnerabilidade no ambiente corporativo está relacionada à fraqueza. Então, naturalmente, nos armamos e achamos que devemos ser mais secos, sóbrios e pouco espontâneos com nossos colegas, clientes, fornecedores, entre outros.
Quando uma pessoa fala de modo impositivo – ou mais agressivo com outra – a tendência é que esta passe a tratá-la também de modo grosseiro. E aí por diante. Essa cadeia comportamental prejudica o ambiente de trabalho, faz com que as pessoas fiquem frustradas, reduz a produtividade e, obviamente, impacta nos resultados.
Claro que é impossível estar feliz e calmo todos os dias e todas as horas. É normal termos altos e baixos, frustrações e alguns momentos de maior stress. O que precisamos ter consciência dentro da premissa da Comunicação Não Violenta é que somos responsáveis apenas por aquilo que falamos e fazemos. O que é do outro nós não temos e nunca teremos controle.
Esse pensamento é primordial para interromper a cadeia de comportamentos mais ríspidos. Com ele em mente, se uma pessoa for grosseira ou impositiva, automaticamente você entenderá que não possui controle sobre isso, apenas sobre a forma como você vai reagir diante dessa atitude. E como não temos o poder de mudar ninguém, não é nossa responsabilidade ensinar lições ou provar que você estava certo, não é?
A Comunicação Não Violenta é, principalmente, um cuidado consigo mesmo e um respeito com o próximo. E é sobre também se colocar no lugar do outro. Todos temos nossas angústias, pontos fracos, problemas pessoais. Então, em vez de julgar, precisamos observar com atenção, desenvolver a empatia e agir como gostaríamos que fizessem com a gente.
Optar por ser cordial, educado, falar baixo, compreender os processos do local de trabalho, seguir a hierarquia estabelecida pela empresa é algo que depende exclusivamente de você, independente da atitude da outra pessoa.
Obviamente não estamos falando em aceitar falta de respeito passivamente, de forma alguma. Mas há formas de você estabelecer limites sem entrar em discussões ou precisar se desgastar com alguém que não tem o mesmo nível de compreensão sobre a importância do termo.
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